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O dilema expansão do negócio vs. “engessamento” financeiro

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Resumo

Esse artigo explora o dilema entre focar em vendas e crescimento ou nos controles financeiros. Argumenta que, ao invés de escolher um caminho único, é possível e necessário abraçar ambos os aspectos para assegurar um crescimento saudável e sustentável.

Introdução

O crescimento é o objetivo comum, e não deveria ser de outra forma, entre empreendedores e investidores de negócios. No entanto, na busca pela expansão, muitas empresas enfrentam um dilema fundamental: focar em impulsionar vendas e crescer ou dedicar-se a organizar processos internos e fortalecer o controle financeiro para garantir a sustentabilidade da operação?

A pressão pelo crescimento

No ambiente empresarial contemporâneo, a pressão por crescimento é intensa. Investidores e stakeholders frequentemente buscam resultados rápidos, impulsionando as empresas a expandir suas vendas e mercados. Estratégias como diversificação de produtos, expansão geográfica, e investimento em marketing são comuns e podem, de fato, gerar aumentos significativos de receita a curto prazo. Esta abordagem é sedutora, pois os frutos do crescimento de vendas são imediatos e visíveis, o que aumenta o valor de mercado da empresa.

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A necessidade de olhar para dentro

Paralelamente ao impulso para crescer, existe uma necessidade igualmente crítica de olhar para dentro e fortalecer os alicerces da empresa, garantindo sua saúde financeira e, portanto, perenidade. A organização de processos internos e o estabelecimento de uma gestão financeira eficiente são essenciais para garantir que o crescimento seja sustentável a longo prazo. Sem sistemas adequados para gerenciar informações financeiras, acompanhar fluxos de caixa, e controlar custos, o crescimento acelerado pode rapidamente se tornar insustentável. Problemas como erros de alocação de recursos, dificuldades de fluxo de caixa e decisões estratégicas mal informadas podem surgir, colocando em risco o negócio.

Integrando crescimento e controle

A chave para resolver esse dilema não é escolher entre crescimento e controle, mas sim integrar ambos harmoniosamente. As empresas mais bem-sucedidas são aquelas que conseguem escalar suas operações enquanto mantêm um controle ótimo sobre suas finanças. Isso envolve o mapeamento e estruturação dos processos que são efetivamente necessários e a implementação de ferramentas e sistemas de controle flexíveis o suficiente para se adaptar ao crescimento e dinamismo da empresa.

Estratégias para integração

  • Foco: mais do que investir em sistemas de tecnologia da informação que automatizam a coleta e análise de dados financeiros é necessário ter um olhar estratégico para definir quais indicadores chave serão acompanhados, com que frequência, por quem e de que forma serão reportados. Depois que o processo for testado, ajustado e estabilizado, aí sim devem ser avaliadas soluções de automação.
  • Flexibilidade e escalabilidade: desenvolver processos que possam ser facilmente ajustados conforme a empresa cresce é crucial. Isso inclui processos de gestão financeira, como orçamentação e acompanhamento dos resultados, previsão e gestão de fluxo de caixa.
  • Equilíbrio na alocação de recursos: manter um equilíbrio entre investimento para crescimento, mas também para estruturação de processos internos é essencial. O aumento da receita pode passar uma sensação de que “está tudo em perfeita ordem” porém, o adequado entendimento dos resultados econômicos nunca poderá ser negligenciado. Processos e dados confiáveis tendem a minimizar o “efeito surpresa”. É amplamente conhecido que a maioria dos negócios vai à falência devido a uma má gestão de caixa.
  • Governança: fomentar uma cultura onde a transparência financeira e a responsabilização são valorizadas ajuda a garantir que todos na empresa compreendam a importância de um crescimento sustentável e estejam alinhados com os objetivos, sobretudo antes que os processos formais de controle e governança sejam estabelecidos.

Conclusão

O dilema entre expandir negócios e organizar processos internos não é uma escolha de um ou outro, mas uma oportunidade para balancear e integrar duas necessidades complementares. Ao estabelecer um controle financeiro otimizado, que seja flexível e adequado ao tamanho do negócio, as empresas podem garantir não apenas o crescimento, mas também a sua sustentabilidade a longo prazo. Portanto, ao invés de se deixar levar apenas pela expansão, as empresas devem igualmente valorizar e investir na robustez de seus controles, assegurando que o crescimento seja uma jornada estável e segura rumo ao sucesso.

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